segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

P. Figueiredo não fiscaliza mineradores por exploração ilegal de ouro no Rio Uatumã, mas no Rio Madeira em Humaitá dragas são apreendidas pelo Ibama



Draga de mineração utilizada para garimpo ilegal de ouro no rio Madeira (AM) é apreendida pelo Ibama. Foto: Ibama

Vinte e cinco proprietários de dragas foram denunciados por exploração ilegal de ouro e outros minérios no Rio Madeira. O crime ambiental teria corrido no município de Humaitá, distante 590 quilômetros de Manaus, no Amazonas. Os acusados foram identificados durante fiscalização em outubro o ano passado.

As dragas que faziam a retirada ilegal de ouro estavam montadas sobre botes. Motores marítimos a diesel alimentavam bombas centrífugas que sugavam o cascalho e peneiravam o material.

A apuração final era feita com o auxílio de bateia e o uso de mercúrio, que representa perigo para o meio ambiente e saúde de ribeirinhos. De acordo com o Ministério Público Federal, autor da denúncia, no momento da fiscalização os proprietários das dragas não apresentaram permissão para fazer a garimpagem.

Se a justiça acatar o pedido do MPF, os denunciados vão responder pelos crimes de exploração de matéria-prima pertencente à União sem autorização legal e por extração de recursos minerais sem licença.

Após essa operação, carros, embarcações e prédios do Ibama e do ICMBio foram incendiados e servidores ameaçados.

Em dezembro de 2017, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas liberou o garimpo na área, mas justiça Federal suspendeu as licenças de operação concedidas pelo órgão para a exploração de ouro no leito do rio Madeira, nos municípios de Novo Aripuanã, Manicoré, Borba e Humaitá, região sul do Amazonas. Por Renata Martins, da Radioagência Nacional.

Assim como em Humaitá, é comum a presença de balsas com dragas circulando e extraindo seixo e ouro no Rio Uatumã sem fiscalização alguma dos órgãos ambientais (Municipal, Estadual e Federal).

Se for proibido o uso de dragas no Rio Madeira em Humaitá certamente não será permitido no já sofrido Rio Uatumã em Presidente Figueiredo, é o que a lógica nos permite deduzir.       

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